Zack Snyder diz que sua série de TV ‘300’ será mais homoerótica que o filme

 "De certa forma, [300] é um dos filmes mais 'gays' já feitos." Zack Snyder, que acredita que Rei Leônidas era um amante de homens, está de olho em uma série de TV de 300 com um toque subversivo.

O diretor de Rebel Moon revelou durante uma aparição no podcast “The Joe Rogan Experience” (vídeo ao final do texto) que após seu filme de 2007 e sua sequência subsequente de 2014 300: Rise of an Empire (300: A Ascensão do Império no Brasil), ele quer explorar o universo cinematográfico histórico por meio de uma estrutura episódica.

“Todos os meus filmes são um pouco estranhos, no bom sentido. 300, apesar de, tipo, tudo o que tinha de bacana, tanto quanto ‘É, vamos lutar’, ainda é um filme estranho”, disse Snyder.

O apresentador do podcast Rogan perguntou ao cineasta: “Você já pensou em colocar um monte de coisas 'gays' ali?” ao qual Snyder apontou para a história em quadrinhos de Frank Miller e Lynn Varley que ele adaptou para 300.

“É o quadrinho de Frank. Eu fiz o que Frank escreveu. E estamos conversando sobre fazer uma série onde eu realmente queria introduzir muito mais esses conceitos porque sinto que é importante”, disse Snyder. “Se avançarmos e fizermos mais no universo de 300, eu gostaria de trazer essa parte. Tipo, ‘O quê?!’ Bem quando você pensou que sabia como se sentir, vou fazer você se sentir de outra maneira.”

Snyder refletiu sobre o legado dos filmes protagonizados por Gerard Butler e citou que talvez 300 seja um dos “filmes mais 'gays'” já feitos na história do cinema.

“As pessoas me acusaram de ser homofóbico ou algo assim. Tem aquela frase que ele diz: ‘Filósofos e amantes de meninos’, mas acho que ele está claramente sendo atrevido, o Leônidas. É claro que eu estava hiperconsciente da época de que como era a realidade da cultura espartana, obviamente ele se referia a filosofias e amantes de meninos… ele está usando isso talvez como um comentário depreciativo, mas ele é um amante de homens, provavelmente”, disse Snyder.

O cineasta acrescentou: “À medida que avançamos, eu adoraria apenas meio que acentuar… Olha, 300, de certa forma, é um dos filmes mais 'gays' já feitos. É incrivelmente centrado em macho, obcecado por macho. Você realmente sente uma energia masculina muito forte nesse filme, mesmo que Gorgo seja uma personagem feminina incrivelmente forte. Talvez tenha sido apenas eu entendendo, pesquisando e entendendo a cultura espartana que aquela energia estava ali. Era importante ter certeza de que havia uma sexualidade visceral na forma como os homens realmente interagiam. Independentemente de você reconhecer isso, ela está lá.”

Snyder revelou em 2021 que planejava escrever um roteiro para um terceiro filme 300 para a Warner Bros., mas acabou escrevendo um projeto de romance entre homens que a Warner Bros. rejeitou.

“Eu simplesmente não conseguia me envolver completamente nisso. Durante a pandemia, fiz um acordo com a Warner Bros. e escrevi o que seria essencialmente o capítulo final de 300. Mas quando me sentei para escrevê-lo, na verdade escrevi um filme diferente. Eu estava escrevendo algo sobre Alexandre, o Grande, e acabou virando um filme sobre o relacionamento entre Heféstion e Alexandre. Acabou sendo uma história de amor. Então realmente não se encaixou no terceiro filme”, disse Snyder, acrescentando: “Havia esse conceito e ficou muito bom. Chama-se Blood and Ashes e é uma linda história de amor, na verdade, com guerra. Eu adoraria fazer isso, [Warner Bros.] disse não… você sabe, eles não são grandes fãs meus. É o que é."

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