Enquanto o lar de King Kong dá as boas-vindas a
AVISO: O texto a seguir contém spoilers da primeira temporada de Skull Island da Netflix.
Na primeira temporada da série animada Skull Island, os fãs recebem mais informações sobre o lar de Kong. É ambientado após os eventos do filme de 2017 Kong: Skull Island, com algumas expedições se perdendo e chegando à praia depois de serem atacadas por um kraken, uma lula gigante monstruosa. Felizmente, dois intrépidos adolescentes chamados Mike e Charlie conhecem Annie, uma garota incompreendida que sobreviveu à ilha e fez amizade com um dos canídeos gigantes que ela chamava de Cachorro/Cão (Dog [não sei qual a tradução usada no Brasil]).
O que se segue é um conto cômico enquanto eles trabalham juntos para sobreviver como uma família e encontrar uma saída. Existem muitas sequências de alta octanagem enquanto eles fogem da multidão de monstros da Ilha da Caveira que tentam devorá-los. Curiosamente, como o seriado se inclina para a compaixão, empatia e aceitação do outro, Skull Island também pode ter introduzido o primeiro personagem AMS (que Amam o Mesmo Sexo) do MonsterVerse.
Mike de Skull Island pode ser HAH
À primeira vista, Mike parece um adolescente que funciona como uma figura de irmão mais velho. No entanto, Mike fica muito chateado sempre que Charlie fala sobre ir para a faculdade e correr atrás de garotas. O primeiro episódio mostra Mike desdenhando, em vez disso aproveitando o fato de que ele é "bonito, forte e inteligente" — alguém com quem Charlie teria sorte de passar o tempo se ele permanecesse no navio.
No episódio 2, Mike é mostrado criticando Annie seguidamente, deixando claro que ele "não sabe sobre aquela garota". De fato eles não a conhecem, então faz sentido suspeitar. Mas quando Charlie menciona como Mike não gosta de nenhuma garota, Mike rebate como Charlie gosta de todas as garotas. É muito resmungo trocado entre eles, com os episódios posteriores tendo momentos mais apimentados quando Mike faz comentários injustos sobre Annie. Ele até lança olhares cáusticos para ela, especialmente quando ela e Charlie se aproximam.
Mike tem muito ciúme, o que pode ser atribuído a ele ser um amigo superprotetor. Mas os olhares melancólicos para Charlie mais tarde, e ele ainda sendo mau com Annie (mesmo depois que ela os salva repetidamente), tem fãs online teorizando que se trata de uma codificação homo. O que também é interessante é que Mike sempre corre para a frente para ser o salvador de Charlie, sugerindo que quer ser o herói de Charlie, e não Annie. Isso implica que Mike realmente quer convencer Charlie a ficar com ele — um vínculo que se torna mais íntimo conforme eles fogem de Kong e de outros monstros.
Skull Island é o terreno perfeito para explorar histórias de amor entre iguais
O final da primeira temporada de Skull Island mostra Mike sendo cuidado pelo pai de Charlie, Cap, enquanto Charlie é sequestrado por uma mulher misteriosa. Isso pode fazer com que Charlie e Mike percebam o quanto são valiosos um para o outro, especialmente com Mike sendo mais vulnerável depois que a lula matou seu pai e por estar padecendo de um ferimento mortal. No entanto, a série parece estar jogando pelo seguro, tornando essas pistas homos sutis o suficiente se tiver que voltar atrás.
Ela pode facilmente abandonar esse arco e moldar os garotos como 'heterossexuais' em uma potencial segunda temporada, já que nada é concreto. No entanto, este é o terreno definitivo para explorar a identidade AMS pela primeira vez no MonsterVerse. Jurassic Park: Camp Cretaceous seguiu esse caminho progressivo com as garotas Sammy e Yaz. Isso forneceu uma história adolescente AMS enriquecedora, e a Universal não precisa se preocupar em termos de compra de certos mercados de filmes. Nesses casos, a continuidade é frouxa, pois as estórias dessas séries da Netflix — embora contenham referências à franquia principal — realmente não continuam nos filmes. Assim, os seriados podem ser facilmente vistos como um mundo à parte quando se trata de cânone.
Dito isto, seria um grande e destemido passo para a representação do amor entre iguais, já que esta plataforma de streaming tem uma audiência integrada, com muitos assinantes ávidos por conteúdo cosmopolita. Se o MonsterVerse não criar mais espaço para igualdade, visibilidade e diversidade nos filmes ou nas séries da Apple TV+, então Skull Island, uma série animada repleta de ação, ocuparia a primeira posição como uma série histórica. No final das contas, isso seria um grande tema em comparação aos Titãs (como são chamados os monstros gigantes do MonsterVerse), já que as pessoas temem o que não entendem. Como tal, abraçar uma história de amor entre iguais pareceria natural, acenando para o sucesso que a Netflix teve com o casal masculino em Nimona e até mesmo She-Ra e Felina no reino animado.
Fonte: CBR.
Você pode assistir de graça ao primeiro episódio de Skull Island (áudio e legenda em inglês) no canal oficial da Netflix no Youtube:
Nota do Blogueiro: Enquanto eu ainda assistia à primeira temporada de Skull Island, fiquei sabendo que Mike, que é meu personagem favorito, estava sendo visto como "gay" pelos fãs, e acabei de encontrar este tuíte da companhia produtora de Skull Island, Powerhouse Animation, para o Mês do Orgulho deste ano:
Happy Pride from #SkullIsland 🦍💀🏝️🏳️🌈 🏳️⚧️#FanArtFriday by the talented Veronica Brodsky pic.twitter.com/mTGSGDdDer
— Powerhouse Animation (@powerhouseanim) June 30, 2023
Sim, é apenas uma fanart mostrando Mike explicando para Charlie o óbvio motivo de ele não se interessar por garotas ("Charlie, eu sou gay!!"), mas ser publicada pela produtora de Skull Island em comemoração ao Mês do Orgulho faz a gente pensar se Mike realmente é HAH.
Vou repetir abaixo a fanart e do tuíte, para o caso de algum dia esse tuíte desaparecer e, assim, a perdermos:
Charlie: "Mas, Mike! Garotas!!" Mike: "Charlie, eu sou gay!!" |
Fonte: Twitter.
Ah, e este é Darren Barnet, o dublador original de origem nipo-germano-nativo americana de Mike (que é nipo-americano):
Se você gostou deste artigo, por favor deixe um comentário abaixo e/ou compartilhe, e considere seguir o blog (clicando no botão "Seguir" ou "Follow" à direita da página em "SUPER-SEGUIDORES").
Nenhum comentário:
Postar um comentário