Brilhando intensamente desde 1940, o legado de Alan Scott como Lanterna Verde se mostra atemporal — sua influência ainda molda quadrinhos, heróis e fãs hoje.
Embora não seja segredo para os fãs da DC Comics que existe mais de um Lanterna Verde, o que é menos conhecido é que havia um Lanterna Verde que operava de forma independente, fora da supervisão da Tropa dos Lanternas Verdes e sem precisar de sua Bateria Central de Poder. Ele não era um policial intergaláctico com a missão de proteger e servir sua "zona", mas sim seguia seu próprio código de conduta e métodos de combate ao crime — um investigador particular, em contraste com a força policial modelo da Tropa. Apesar de ser uma exceção ao papel e às regras típicas dos Lanternas Verdes, conforme retratados nas histórias contemporâneas, este Lanterna Verde independente continua sendo uma figura importante na história dos Lanternas Verdes e dos super-heróis da DC em geral, com um impacto duradouro no significado de ser um Gladiador Esmeralda.
Criado por Martin Nodell and Bill Finger (este último também co-criador do Batman) e estreando na revista All-American Comics nº 16, em 10 de julho de 1940 (ou seja, na próxima quinta-feira ele completará 85 anos), o Lanterna Verde é um dos personagens mais antigos do Universo DC. Embora Hal Jordan seja amplamente conhecido como o Lanterna Verde da era moderna, seu encontro fatídico com Abin Sur só ocorreria 19 anos após a chegada do personagem aos quadrinhos. O Lanterna Verde, que apareceu pela primeira vez há 85 anos, era na verdade Alan Scott — o Lanterna Verde original — cuja história de origem era diferente de todas as que se seguiram.
O poder do Lanterna Verde Alan Scott possui fortes elementos ocultos e sobrenaturais
Alan Scott não recebeu as habilidades de Lanterna Verde — elas o encontraram. Após sobreviver a um acidente catastrófico envolvendo o trem em que trabalhava como engenheiro (na verdade um atentado realizado por um engenheiro inimigo de Scott em que Jimmy Henton, namorado dele na era moderna, foi morto), Scott percebe que a sorte não teve nada a ver com sua sobrevivência. Em vez disso, foi a misteriosa lanterna verde que ele descobriu nos destroços. Forjada séculos antes a partir de um meteorito que atingiu a Terra, a lanterna possuía um poder imenso. Como Scott entenderia mais tarde, o meteorito servia como repositório de magia instável e perigosa coletada de todo o universo. Com o tempo, essas várias forças se combinaram, dando origem a um ser senciente conhecido como Coração Estelar (Starheart no original).
No dia do acidente, o Coração Estelar essencialmente escolheu se conectar com Scott. Como resultado, isso não apenas o protegeu dos danos sofridos por outros passageiros e colegas no trem, mas também lhe concedeu acesso ao seu imenso poder. Seguindo as instruções do Coração Estelar, Scott forjou um anel com o metal da lanterna, que ele então usou. Como Lanternas Verdes posteriores, Scott foi capaz de controlar o poder do Coração Estelar através do anel, mas não foi apenas sua força de vontade em ação. Como o Coração Estelar é senciente, ele influenciava tanto o que estava disposto a fazer quanto afetava sutilmente como Scott respondia a certas situações.
Por exemplo, em Justice Society of America #8, o Lanterna Verde (nessa edição chamado de Sentinela) enfrenta o vilão Ian Karkull. Quando Karkull ganha a vantagem, o próprio Coração Estelar intervém — protegendo Scott de uma forma que sua própria força de vontade não conseguiria. Isso revela uma distinção crucial: o anel de Scott não é meramente uma ferramenta para canalizar suas habilidades, mas um canal através do qual ele e o Coração Estelar exercem coletivamente seu poder combinado — sua destreza técnica e sua magia ancestral. Essa conexão mística diferencia Scott dos Lanternas Verdes posteriores, cujas habilidades são baseadas em tecnologia e não em forças arcanas. De fato, o Lanterna Verde Scott era mais como um feiticeiro a la Jujustu Kaisen empunhando energia amaldiçoada do que Hal Jordan empunhando uma sofisticada peça de tecnologia que digitaliza sua força de vontade.
O legado do Lanterna Verde Alan Scott e por que ele ainda importa
Embora todos os Lanternas Verdes tendam a se tornar mais competentes à medida que adquirem uma compreensão mais profunda de si mesmos, de seus anéis e de suas interações, o desenvolvimento de Alan Scott divergiu significativamente. Ele não apenas melhorou; tornou-se fundamentalmente mais forte. Isso porque, à medida que Scott se familiarizava com o Coração Estelar, uma entidade em si, mais o Coração Estelar se integrava a ele. Essa progressão atingiu um ponto em que Scott podia acessar os poderes do Coração Estelar sem necessariamente precisar de seu anel. Por outro lado, à medida que o Coração Estelar se acostumava com Scott, tornou-se mais disposto a deixá-lo controlar seu poder sem restrições. Em última análise, como documentado por sua transição para o Sentinela, os poderes de Scott derivavam mais de sua integração intrínseca com o Coração Estelar do que do poder concedido por seu anel.
Mas o legado de Scott vai além de ser o icônico portador da Lanterna Verde. Sua presença também influenciou a forma como o Universo DC via os Lanternas Verdes no futuro. Sem dúvida, Scott não era apenas um herói, mas um pilar da comunidade, como o público moderno o veria. De fato, ele foi um membro fundador da Sociedade da Justiça da América — a precursora da Liga da Justiça. Ele foi mentor de Hal Jordan, o Lanterna Verde que definiu o papel, e teve uma influência significativa, ainda que sutil, nas futuras gerações de Lanternas.
Ao considerar todo o escopo do legado de Alan Scott como Lanterna Verde, fica claro que ele foi um caso à parte — alguém cuja influência moldou a forma como o mundo percebe e entende o herói Lanterna Verde. Ele exemplificou a adaptabilidade, provando que um herói pode evoluir com o tempo e permanecer relevante. O reboot de sua história em 2023, que o manteve como um homem homoafetivo em acordância com o que foi feito na estreia da era Fronteira Infinita em 2021 (quando Scott foi confirmado ser HAH na linha do tempo principal dos quadrinhos, seguindo a sua reformulação homoafetiva da realidade alternativa da Terra 2 em 2012), reforça essa ideia. Além de seu status como um herói com um dos maiores corações, no entanto, Scott se destaca como a personificação perfeita do heroísmo atemporal.
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