A DC Comics tem mais do que alguns heróis HAH (homens que amam homens), mas o primeiro herói abertamente 'gay' dos quadrinhos fez um retorno há muito esperado — com uma aparência um tanto familiar.
Hoje em dia, a DC Comics tem mais do que alguns heróis HAH — como Meia-Noite, Apolo, Lanterna Verde Alan Scott, Superman Jon Kent, Robin Tim Drake e muito mais — lembrando aos leitores o que é representação positiva de verdade. Mas o primeiro super-herói abertamente HAH da DC e dos quadrinhos em geral, Extraño, está enfatizando novamente seu lugar no DCU (DC Universe, "Universo DC") — e ostentando um traje inspirado no Doutor Estranho (Doctor Strange) da Marvel.
O conto “It's A Bunkerful Life”, de Josh Trujillo, Andrew Drilon e Lucas Gattoni — apresentado na antologia de fim de ano DC's 'Twas The' Mite Before Christmas — reúne Extraño (Gregorio de la Vega) com seu colega herói HAH latino Bunker (Miguel Barragán), enquanto ele lembra ao ex-Jovem Titã da diferença que ele faz simplesmente por existir no mundo. Enquanto o inimigo de Bunker, Garoto Baterista (Drummer Boy), é misteriosamente teletransportado por Extraño para uma prisão desconhecida, o jovem Titã mexicano comenta a estranheza da situação, apenas para Gregorio de la Vega corrigi-lo dizendo: “Não é estranho…” ("Not strange...") antes de Miguel reconhecer o herói ao seu lado.
Surgindo de um portal místico, a aparência de Extraño tem uma notável semelhança com a do Mestre das Artes Místicas da Marvel Comics. E com tudo o que Extraño passou, ele mais do que mereceu parte do prestígio heróico de Stephen Strange.
Extraño teve uma jornada estranha na DC
Criado por Steve Englehart e Joe Staton como um dos lendários Novos Guardiões durante a história Milênio (Millennium), Gregorio de la Vega é um poderoso feiticeiro peruano recrutado para ser dotado de conhecimento cósmico, poder e imortalidade pelos Guardiões do Universo — que, é claro, criou a Tropa dos Lanternas Verdes. Durante suas aparições iniciais, Extraño era indiscutivelmente retratado como uma caricatura exagerada de um homem 'gay' antes que os criadores decidissem redesenhar o personagem com um traje mais tradicionalmente “masculino” e corpo musculoso para pouco depois descartá-lo. Gregorio permaneceria no limbo dos quadrinhos por décadas antes de retornar em Midnighter & Apollo #2, de Steve Orlando, Fernando Blanco e Romulo Fajardo Jr., como um feiticeiro mais experiente — um papel no qual ele claramente ainda se sente confortável.
Embora sua aparição nesta edição não seja seu primeiro ressurgimento da obscuridade, o fato de Extraño pegar emprestada uma página do grimório de Stephen Strange pode ser exatamente o que ele precisa para se relançar como um dos pilares do Universo DC. Afinal, em muitos aspectos, Gregorio já é um pastiche do Dr. Estranho, e estabelecer-se diretamente como um dos místicos mais ferrenhos dos quadrinhos de uma maneira semelhante ao Feiticeiro Supremo certamente preencheria um vazio no panteão da DC Comics. E depois do desserviço prestado a Extraño em sua encarnação anterior, isso também serviria como um grande arco de redenção para um herói muitas vezes maltratado e esquecido.
O primeiro herói HAH dos quadrinhos merece coisa melhor — e a DC sabe disso
Extraño pode não ser o primeiro herói que vem à mente quando se trata de representação HAH positiva na DC Comics, mas está claro que a editora pretende fazer as pazes com Gregorio de la Vega. O ex-Novo Guardião é um herói relativamente obscuro, mas isso não nega o impacto que sua existência teve no Universo DC, tanto no passado quanto no presente. E quando a DC Comics resolver levar a sério a busca de seu próprio Doutor Estranho, Extraño já provou ser o candidato perfeito.
Via Screen Rant.
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