22 maio 2021

Conheça o herói HAH Aaron Fischer antes de sua estreia em 'Os Estados Unidos do Capitão América' #1


 O escritor Josh Trujillo discute a co-criação do novo herói Aaron Fischer para Os Estados Unidos do Capitão América #1.

O Capitão América comemora 80 anos desde sua estreia em 1941 neste ano. Parte dos planos da Marvel para assinalar o marco inclui uma série limitada intitulada The United States of Captain America (Os Estados Unidos do Capitão América em português), que une Steve Rogers, Bucky Barnes, John Walker e Sam Wilson — quatro heróis que assumiram o manto do Capitão América — embarcando em uma viagem de aventura.

Ao longo do caminho, Steve Rogers e seus aliados/sucessores conhecerão alguns novos heróis que foram inspirados pelo legado do Capitão América, ao ponto de assumirem trajes e identidades diretamente relacionadas ao Capitão. O primeiro desses heróis é Aaron Fischer, um adolescente AMS (amante do mesmo sexo) que atua como guardião da juventude DSR ([da] diversidade sexual e romântica) e das pessoas desabrigadas.

O site Newsarama conversou com o co-criador de Aaron Fischer, o escritor Josh Trujillo, que criou Aaron ao lado da artista Jan Bazaldua, para discutir suas contribuições para Os Estados Unidos do Capitão América #1, a ser lançado em 30 de junho, e descobrir como Aaron Fischer contribuirá com o legado do Cap — incluindo se ele atende pelo nome de 'Capitão América', e se ele aparecerá novamente.


Newsarama: Josh, você é o co-criador de Aaron Fischer (ao lado da artista Jan Bazaldua), o primeiro de vários novos personagens que serão apresentados para comemorar o 80º aniversário do Capitão América e o primeiro herói assumidamente "gay" a fazer parte do legado do Cap. Como é celebrar esse marco com esta história e com Aaron Fischer em particular?

Josh Trujillo: É incrível fazer parte deste aniversário e contribuir para o legado do Capitão América. Criar um novo herói "gay" para a Marvel, inspirado no Cap, é alucinante. Não muito tempo atrás, isso seria impensável. Como um garoto "gay" que cresceu no Universo Marvel, estou muito animado e com muita humildade de contar essa história.

Nrama: O legado do Capitão América remonta a 80 anos neste ponto, a 1941. Qual é a sua história pessoal com o Capitão América? O que o Cap significa para você, como símbolo e personagem?

Trujillo: Minhas primeiras interações com o Capitão América foram provavelmente por meio de cartões comerciais que colecionava quando era criança. O design do Cap instantaneamente chama sua atenção, e ele foi minha porta de entrada para os Vingadores (e, eventualmente, o grande Universo Marvel). Eu conhecia todas as suas estatísticas, todos os seus inimigos, tudo.

No que diz respeito aos quadrinhos, tornei-me um fã através das HQs do Capitão América de Ed Brubaker. Seguir o enredo do Soldado Invernal mês a mês foi uma das experiências de leitura mais emocionantes que já tive.

O Capitão América tem muito que carregar nos ombros. Ele é uma projeção das esperanças e forças de nossa nação, mas também é um símbolo vivo da história americana. Há muita dor nessa história, e isso é algo com que um personagem chamado 'Capitão América' sempre tem que contar. Steve Rogers é o melhor de nós. Ele lidera com o coração e nunca desiste.

Mas ele ainda é humano. Ele falha às vezes; ele pode perder de vista pelo que está lutando, ou ficar desiludido. Por baixo dos poderes e das fantasias, ele é apenas um garoto destemido que deseja desesperadamente fazer a coisa certa.

Essas são qualidades que o tornam, e aos outros Capitães América, tão atraentes para mim como fã e como escritor.

Nrama: Conte-me sobre a gênese de Aaron Fischer. Ele é descrito como o 'Capitão América das Ferrovias', um protetor de pessoas desabrigadas e errantes* "LGBTQ+". Por que foi importante para você e para a Jan criar esse personagem dessa maneira?

Trujillo: Eu sabia que um personagem que cuidasse especificamente de nossa comunidade, que fosse de nossa comunidade, poderia ser uma coisa muito poderosa. Por causa disso, era importante para mim que ele estivesse centrado em problemas reais que impactam a juventude "queer".

Eu olhei para as desvantagens que os membros mais vulneráveis ​​de nossa comunidade enfrentam. A principal delas, para mim, é uma crise imobiliária em todo o país. Parecia uma causa muito importante e válida para motivar Aaron.

Jan trouxe muito talento para este projeto e uma paixão por celebrar vozes "queers". Ela fez o impossível ao projetar um visual que parecia pertencer aos icônicos uniformes do Capitão América do passado. Jan tem um estilo incrível e acho que isso transparece na história que pudemos contar juntos.

Nrama: Por falar nisso, conte-nos mais sobre Aaron como personagem. Ele é conhecido como 'Capitão América', de acordo com seu escudo improvisado e seu traje inspirado no Cap? O que precisamos saber antes de encontrá-lo em Os Estados Unidos do Capitão América #1?

Trujillo: Aaron Fischer é um errante* "queer" de grande coração do Missouri. Ele tem 19 anos, toma decisões espontâneas, faz tatuagens idiotas e se preocupa muito com as pessoas. Apesar de seu exterior durão, ele é amigável, gentil e altruísta. Ele também é um pouco arrasa-corações.

Aaron não é o novo Capitão América, mas sim um dos vários novos heróis inspirados pelo Cap. Em Os Estados Unidos do Capitão América #1, você vai conhecê-lo bem no início de sua jornada heróica. Mas você terá que ler a minissérie para descobrir o que acontece a seguir.

Nrama: O anúncio de Aaron Fischer causou um grande impacto em nossos leitores, com reações variadas (o conceito me impressionou de uma forma muito forte e legal, pessoalmente). Quanto disso você esperava? Como você espera que os fãs reajam quando realmente conseguirem ver Aaron em ação e entender realmente sua personalidade?

Trujillo: Estou impressionado com a reação que Aaron Fischer recebeu até agora. Eu sabia que o Capitão América tinha muitos fãs, mas nunca esperei ver Aaron no TMZ! Isso realmente mostra o quão poderosa é a ideia do Capitão América e o quanto ele significa para os leitores de todo o mundo. As fan arts têm sido incríveis!

Na edição 1, espero que os leitores vejam a alegria e a compaixão de Aaron. Eu também espero que eles aprendam mais sobre sua missão e onde ele pode se encaixar no Universo Marvel. Ele é um nômade em um mundo de super-heróis. Este é apenas o começo para Aaron e para Os Estados Unidos do Capitão América.

Nrama: Você criou Aaron ao lado da artista Jan Bazaldua, e vocês dois estão contribuindo com o capítulo dele para Os Estados Unidos do Capitão América #1. Como tem sido trabalhar com Jan e construir essa parceria criativa?

Trujillo: Jan tem sido uma parceira criativa perfeita nisso. Sua arte sequencial é excelente e adicionou muito caráter e textura ao meu roteiro. Por um tempo, recebia novas páginas em minha caixa de entrada todos os dias. Foi excelente!

Também gostaria de enviar lembranças ao Nick Robles, que fez a bela capa variante (imagem ao lado) que todos viram por todas as notícias. Nick é um dos meus ilustradores favoritos por aí, e eu literalmente gritei quando descobri que ele estaria fornecendo uma capa. Sua abordagem sobre Aaron é perfeita.

Nrama: Falando nisso, como tem sido para vocês dois trabalharem ao lado dos criadores da história principal, Christopher Cantwell e Dale Eaglesham?

Trujillo: Jan e eu temos uma grande dívida com o Christopher por nos permitir fazer parte disso. Nosso trabalho, e Aaron Fischer, partem diretamente de suas ideias para a minissérie. Ele tem sido super colaborativo e um cara elegante o tempo todo.

Além disso: estar em uma história em quadrinhos com Dale Eaglesham é algo enorme para mim. Eu não posso acreditar que ele está desenhando o personagem que Jan e eu criamos!

Nrama: A pergunta óbvia é: quais são as chances de ver você e Jan contando mais sobre a história de Aaron após sua estreia em Os Estados Unidos do Capitão América #1?

Trujillo: Eu trabalharia com Jan novamente em um piscar de olhos! Quanto a Aaron: Eu tenho um fraquinho em meu coração por esse cara, mas tudo depende do que os leitores acham. Há muito mais para aprender sobre ele e espero que essas histórias sejam contadas algum dia. Por enquanto, dê uma olhada em Os Estados Unidos do Capitão América!

Nota do Tradutor:

* Traduzi runaway(s) para "errante(s)" em vez de "fugitivo(s)" por considerar uma opção melhor no contexto das vezes em que a palavra foi usada na entrevista.

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