25 março 2021

Os melhores (e piores) animes estrelados por HAH


 Alguns animes com homens que amam homens são fantásticos. Outros, nem tanto. Quais são os melhores (e piores) animes estrelados por caras AMS (amante[s] do mesmo sexo)?

A representação de homens que amam homens em animes é uma mistura. Toneladas de animes ao longo dos anos apresentaram homens AMS em luzes positivas e fascinantes, oferecendo retratos matizados de personagens que existiam sob esses termos guarda-chuva. Também tem havido uma tonelada de yaois fetichistas que apresentam estereótipos homofóbicos desconfortáveis.

Se você vai explorar animes com homens que se relacionam com homens, é essencial que você entenda quais retratos são positivos e construtivos e quais são destrutivos.

MELHOR — Yuri!!! on Ice


Este é bastante óbvio. Yuri!!! on Ice recebeu aclamação global após o lançamento por seu retrato positivo das relações H/H inter-raciais. O mundo de Yuri!!! on Ice carece de qualquer homofobia ou preconceito, tornando-se um belo ideal. Quase todos os personagens masculinos da série são AMS. Embora personagens como Victor Nikiforov e Yuri Plisetsky possam ser homoafetivos, Yuri Katsuki — o principal Yuri — expressa interesse por sua amiga de infância e também, claro, por seu futuro noivo, Victor. Yuri também demonstra fluidez em sua expressão de gênero e possivelmente em sua identidade, como visto durante sua performance Eros onde ele se identifica como uma femme fatale ("mulher fatal"). O que o show tão bem faz é demonstrar como dois homens podem se ajudar a crescer e superar obstáculos pessoais para, essencialmente, fazer história. Uma prequela do filme ainda está em andamento.

PIOR — Loveless


Loveless
é, em seu cerne, um mistério de assassinato, focado em Ritsuka (de 12 anos de idade) mergulhando em uma conspiração de magia para determinar quem matou seu irmão. Superficialmente, isso não parece muito extremo. No entanto, para resolver o mistério, Ritsuka precisa trabalhar ao lado do amigo de seu irmão, Soubi (que tem 20 anos). Em Loveless, a virgindade é representada por orelhas de gato. Está implícito que Soubi perdeu as orelhas para o irmão de Ritsuka (possivelmente sem consentimento), mas agora pode estar preparando Ritsuka para um relacionamento quando ele for maior ou seduzindo-o ativamente. Lembre-se de que Ritsuka tem 12 anos. Eca.

MELHOR — Banana Fish


O mangá Banana Fish foi lançado de 1985-1994, mas não foi adaptado para um anime até 2018. A história segue Ash Lynx, um líder de gangue na cidade de Nova York, tentando desvendar o mistério de uma misteriosa droga conhecida como Banana Fish, que pode ter relação com seu irmão enlouquecendo durante a guerra. Arrastado para isso está o ingênuo e doce fotojornalista japonês Eiji Okumura, com sua sobrevivência dependendo da inteligência e força combinadas dele e de Ash. A série é ao mesmo tempo um mistério policial atraente e uma história de amadurecimento homomasculino. Embora Banana Fish inclua muitas representações de violência sexual, tal violência nunca é enquadrada em uma luz romantizada como em Loveless.

PIOR — Fish In The Trap


Fish in the Trap
é um mangá de três volumes com um único episódio prequela em OVA, e tudo isso é muito ruim. Já é ruim o suficiente Fish in the Trap ser chato, com uma animação rígida e um tanto incoerente. O que torna sua representação HAH pior é que, assim como Loveless, ele romantiza a agressão sexual. Nesse caso, todas as cenas de sexo não são consensuais, com personagens relativamente jovens agredindo uns aos outros. A história indica que os personagens se tornaram "gays" graças a estupro, o que é errado em muitos níveis.

MELHOR — Neon Genesis Evangelion


Neon Genesis Evangelion
é um dos maiores animes de todos os tempos. É também um ótimo exemplo de representação HAH. Sim, Shinji Ikari expressa interesse em apenas um homem, mas este é um exemplo da Escala Kinsey em ação. A Escala Kinsey indica que a sexualidade existe em um espectro, com pessoas "bissexuais" frequentemente tendo uma preferência por um gênero ou outro. Isso não invalida a "bissexualidade" de Shinji nem a identidade AMS de Kaworu Nagisa, especialmente em Rebuild of Evangelion ou outro mangá derivado. Dito isso, nem todo o material derivado é tão positivo. No mangá The Shinji Ikari Raising Project, Asuka e Rei se unem para impedir Kaworu de transformar Shinji em "gay". Sério.

PIOR — Marginal Prince


Marginal Prince
é baseado no simulador de namoro de mesmo nome, embora o anime mude o personagem do ponto de vista feminino para masculino. É uma série de harém, essencialmente, onde o estúpido protagonista conhece vários garotos bonitos que só se distinguem pela cor do cabelo. A série é ruim em dois aspectos. A primeira é que é apenas uma bagunça mal escrita que carece de conflito real ou ação motriz. A segunda é que é um exemplo clássico de queer-baiting (N/T: "isca" para atrair pessoas interessadas em estórias com romances do mesmo sexo, mas que não entregam o que prometem). A série é categorizada como Boy's Love, mas apesar de insinuar toneladas de relacionamentos homoeróticos, o show nunca entrega nada. É uma provocação superficial e nada mais.

MELHOR — Antique Bakery


Seriamente subestimado no Ocidente, Antique Bakery é um mangá de quatro volumes que foi adaptado duas vezes, uma como série live-action e outra em 2008 como anime. Ele gira em torno de quatro homens que administram uma panificadora. No colégio, Yusuke Ono foi rejeitado por seu crush, apenas para crescer e se tornar um panificador de classe mundial e um playboy incrivelmente sedutor. Ele retorna anos depois, quando é contratado para trabalhar na Antique Bakery, gerenciada por sua paixão do colégio, Keiichirō "Keisuke" Tachibana, sendo o único homem que não está apaixonado por ele. Juntando-se a eles está o aprendiz de Ono e crush de Keisuke (que também tem uma queda por Keisuke). Este anime é simplesmente fofo, com cada doce tropo de triângulos amorosos trazido em uma história.

PIOR — After School In The Teacher's Lounge


After School in the Teacher's Lounge
é outro OVA yaoi dos anos 90 com foco em dois professores envolvidos em aventuras sexuais. Não há nada que diferencie After School in the Teacher's Lounge de qualquer outro OVA yaoi barato dos anos 90. A escrita é ruim. A dinâmica do relacionamento é definida na dinâmica seme-uke de dominante e submisso. Há hentais com uma escrita melhor do que este anime. É representativo de uma tapeçaria de clichês de anime de onde só agora está saindo.

MELHOR — Devilman Crybaby


Um dos maiores animes dos últimos tempos, Devilman Crybaby de Masaaki Yuasa pega o subtexto "queer" do Devilman original de Go Nagai e o amplifica para texto aberto. Apesar de eu dar spoilers sobre a segunda metade desta série magistral, fica claro que Akira Fudo, embora ele tenha um relacionamento com Miki (uma personagem feminina), tem uma relação homoerótica incrivelmente complicada com seu amigo de infância Ryo Asuka, que é muito mais do que parece. O subtexto homoerótico é apenas parte da complexa tapeçaria de ideias tecidas nesta saga magistral.

PIOR — Gravitation


Gravitation
foi durante anos o garoto propaganda do yaoi, super popular no início dos anos 2000, mas é um romance H/H para pessoas não-AMS, contando com tantos estereótipos prejudiciais para dar certo. Shuichi Shindo, um garoto feminino e excessivamente emotivo, quer ser um músico famoso, com o frio e distante Eiri Yuki como seu interesse amoroso. Eiri tem um passado sombrio. Há muitas coisas do tipo vai-não-vai. Este é um anime escrito para pessoas que acham que dois caras se beijando é quente. Não é para quem quer mais.

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