Em vez do desinteressante Heron, Blood of Zeus (Sangue de Zeus no Brasil) da Netflix deveria ter se concentrado em Hermes e Apolo, os devotados filhos e protetores de Zeus.Em Blood of Zeus (que inicialmente iria se chamar Gods & Heroes, "Deuses & Heróis" em português), por mais que a história gire em torno de Heron, um dos filhos semideuses de Zeus, sendo pego em uma briga de amantes entre o Trovejante e sua esposa/irmã Hera, também encontramos seus outros bastardos, Hermes e Apolo, que estão tentando proteger seu pai.No entanto, embora a dupla não receba tanto tempo de tela, dada a nuance e o mistério de sua ligação com o rei do Olimpo, um com o outro e seus visuais mais atraentes, é claro que eles — e não Heron — são a melhor e mais intrigante parte dos oito episódios que compõem a 1ª temporada.
A história de Heron não é tão interessante: é apenas um remix maçante da jornada de Perseu em Fúria de Titãs (Clash of the Titans). Zeus decide ser o mentor do jovem para que ele possa deter a legião demoníaca de Serafim, resultando em um conto sobre Heron de alguma forma optando por ignorar como a manipulação de Zeus e o ciúme de Hera levaram à morte de sua mãe Electra.
Infelizmente, não temos uma ideia de como ele acabou no Olimpo, mas podemos dizer, por algum motivo ou outro, que ele é leal em manter o reino intacto e parar Hera a qualquer custo. E, na batalha, ele é muito habilidoso — não apenas porque ele tem sua manopla das almas para agarrar a essência das pessoas, mas por causa de como ele se sai como o Flash deste reino. Mais ainda, ele realmente simpatiza com Heron, oferecendo alguns conselhos enquanto Heron tenta encontrar seu lugar neste mundo como um filho de Zeus também.
O mesmo se aplica a Apolo, que tem uma aura ainda mais mistificadora. Ele é muito bonito com cabelos longos e esvoaçantes à la Thor, e com um halo envolvendo todo o seu corpo bronzeado, piercings, delineador e um porte real, ele se destaca entre os irmãos por sua aparência. Ele também é muito fodão na batalha com sua carruagem em chamas e bolas de fogo sendo lançadas contra os inimigos; seu maior momento é quando ele faz parceria com seu irmão Hermes para lutar contra Ares, também meio-irmão dos dois. Ele também salva Hermes mais tarde, quando o deus da guerra tenta matá-lo por delatar Hera. Nunca descobrimos por que eles são tão próximos, mas claramente, eles apoiam um ao outro como bastardos — espíritos afins não importa o que aconteça, e compartilham o desejo de manter a ordem.Apolo também joga na fluida era da Grécia Antiga de abertura sexual quando o vemos em uma cena na cama com um belo homem (Jacinto) e uma linda mulher (Dafne), trazendo uma vibe mais autêntica para os fãs de história e mitologia (Hermes e Zeus também têm uma sexualidade fluida na mitologia, o que não foi mostrado na primeira temporada de BoZ).Todos esses fatores realmente nos deixam nos perguntando por que a dupla não estrelou como os bastardos desta história, em vez de o muito mais desinteressante Heron. Zeus fala sobre Perseu e Hércules de uma forma que os faz parecer que estão mortos, então, em termos de nomes importantes, esses dois filhos de Zeus teriam sido perfeitos para se focar.
A história de como eles se uniram e por que Zeus passou a amá-los e dar-lhes uma posição no Olimpo faria todo o sentido para os holofotes. Eles têm mais personalidade, looks únicos e, novamente, como visto quando Apolo também acoberta Zeus quando ele namora Electra, há um amor incondicional entre pai e filhos que teria sido fascinante de explorar. Em vez disso, a Netflix deixa que o público preencha as lacunas, deixando de lado seus personagens mais atraentes.
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