24 abril 2021

O Senhor das Estrelas — poliamoroso e 'bissexual'


 A HQ Guardiões da Galáxia levou literalmente quase cento e cinquenta anos redefinindo Peter Quill, incluindo o esclarecimento da "bissexualidade" do Senhor das Estrelas.

Guardians of the Galaxy #9
Ok, isso não é mais novidade para ninguém, mas quando essa novidade bombástica estorou no mundo dos quadrinhos, o meu blog anterior (Super-Heróis e Vilões Queers (LGBTQIAPN+)) eu já havia excluído e este meu blog atual (SuperMen's Love) ainda não havia sido criado. E eu não poderia deixar de ter o registro desse evento histórico aqui.

A Marvel Comics confirmou em dezembro de 2020 que Peter Jason Quill, também conhecido como Senhor das Estrelas (Star-Lord), é "bissexual" em Guardians of the Galaxy #9, com a ambiciosa história de uma única edição "Eu Devo Torná-lo um Senhor das Estrelas" ("I Shall Make You a Star-Lord"), do escritor Al Ewing e do artista Juann Cabal, redefinindo as origens e habilidades do personagem bem a tempo para o mega-evento Rei de Preto (King in Black).

Criado por Steve Englehart e Steve Gan para o Marvel Preview #4 de 1976, Peter Quill é o lendário Senhor das Estrelas, um híbrido humano/spartoi abandonado na Terra por seu pai e compelido a buscar seu destino entre as estrelas. O Senhor das Estrelas tem estado na vanguarda da maioria dos principais eventos cósmicos da Marvel, com os quadrinhos dos últimos anos sutilmente despindo-o de alguns de seus conhecidos dispositivos e muito de seu senso de dever de soldado para se assemelhar mais a sua representação por Chris Pratt nas adaptações do MCU (sigla em inglês para Universo Cinematográfico da Marvel) começando com o filme Guardians of the Galaxy de 2014. A fase de Al Ewing na HQ viu a reinvenção gradual do Senhor das Estrelas, restabelecendo alguns dos elementos mais misteriosos de sua origem e trazendo o foco de volta para suas Armas Elementais (Element Guns) únicas e um senso de responsabilidade primordial.

Peter conhece Mors e Aradia
Esta reinvenção do personagem deu seu maior passo em frente em Guardians of the Galaxy #9, que revelou que as Armas Elementais do Senhor das Estrelas permitiram que ele sobrevivesse à explosão que aparentemente o matou em Guardians of the Galaxy #2, mas em vez disso ele foi desviado para uma realidade paralela onde ele passa 144 anos se aventurando pelas Doze Casas de Morinus, primeiro trabalhando com e depois entrando em um relacionamento com Aradia e Mors — dois humanóides de pele azul que compartilham seu estilo de vida nômade.

Ele inicialmente recusa o convite do casal...
Quill recusa os avanços do par no início. Tendo viajado com eles por apenas um ano, ele ainda tem esperança de voltar para casa, explicando que seu relacionamento com a companheira de equipe Gamora significa que ele não se unir a eles, com Aradia expressando perplexidade com a concepção de monogamia de Quill. Doze anos depois, na Casa da Morte e do Renascimento, Quill se banha em um templo cerimonial com Aradia e Mors, admitindo que, a esta altura, ele não acredita mais que retornará à sua realidade natal, dizendo: "Vocês são o meu lar" enquanto os três se abraçam nus.

O relacionamento dura mais de cem anos, mas infelizmente ao Senhor das Estrelas não foi permitido viver uma vida de fanfarrão e de felicidade. Os Deuses do Novo Olimpo — cujo poder Peter acidentalmente roubou para sobreviver na edição #2 — retornam, perseguindo os três através de Morinus e destruindo um mundo que Peter passou a amar. Desesperado para salvar Morinus, Peter retorna ao templo onde ele verdadeiramente se uniu a Aradia e Mors, usando-o para viajar de volta para sua realidade natal, com uma Aradia de coração partido dizendo: "Só não se esqueça de nós, estranho. Só não se esqueça."

... mas, depois de mais de uma década de sedução, não foi mais possível resistir...
Embora os quadrinhos deixem claro que Peter considera o que ele tem com Mors e Aradia da mesma natureza que seu relacionamento romântico e sexual com Gamora, a história põe em evidência o vínculo entre Quill e Aradia, retratando uma intimidade mais imediata entre ela e Quill e tendo Mors ausente para o adeus final devido ao caos dos deuses que atacavam. Aradia, Mors e Quill não são o primeiro relacionamento envolvendo dois homens que a fase de Ewing acrescentou aos quadrinhos, com Hércules e Marvel Boy se beijando no calor da batalha algumas edições anteriores.

Não se sabe se a sexualidade de Quill chegará a futuros projetos do MCU centrados no Senhor das Estrelas (quem aqui, assim como eu, aposta que não?), mas a exploração terna de Peter Quill perdendo e depois encontrando a felicidade em Guardians of the Galaxy #9 é um indicativo da alta qualidade da série até então, e a capacidade dos quadrinhos de fazer movimentos mais ousados ​​do que outras mídias com base nos mesmos personagens.

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